Do R7
O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) pediu a revogação da liberdade provisória de 40 homens envolvidos em uma rinha de cães, que não tiveram a prisão em flagrante, ocorrida no último sábado (14), convertida em prisão preventiva.
Em decisão assinada pelo juiz André Luiz da Silva da Cunha, da última segunda-feira (16), somente um dos homens envolvidos na rinha foi preso, acusado de organizar o evento. Quanto aos outros participantes, o juiz argumentou que “nada há a indicar que em liberdade eles (suspeitos) possam colocar em risco a ordem pública, prejudicar o normal desenvolvimento de futura ação penal ou frustrar a aplicação de eventual sanção”.
A promotora Michelle Bregnoli de Salvo, que entrou com o pedido de suspensão da decisão do juiz, discorda e argumentou que a prisão cautelar seria necessária para as investigações, considerando que alguns dos indiciados já teriam tentado atrapalhar a colheita de provas.
A promotora ainda considerou as provas encontradas no local, que sugerem associação criminosa dos envolvidos que “não só se conheciam, mas estavam organizados para saírem de diversas localidades do Brasil e de outros países, juntamente com seus cães, para então praticarem o crime de maus-tratos contra 21 animais”.
Os 41 homens encontrados na rinha são acusados da prática dos crimes de associação criminosa, maus tratos aos animais e de contravenção penal de jogo de azar.
O caso
A Polícia Civil do Paraná, em conjunto com o DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania) de São Paulo, prendeu cerca de 40 pessoas, no último sábado (14), em uma rinha internacional de cães.
O crime ocorria em uma chácara na cidade de Mairiporã, na Grande São Paulo. Entre os detidos, estavam criminosos de diversas nacionalidades e um policial militar. Dois jovens menores de idade foram apreendidos e um homem permanece foragido.
Segundo a polícia, as duas crianças que estavam no local tinham 12 e 14 anos. O pai tinha guarda compartilhada dos menores e alegou para mãe que ia para praia. A competição também contava com o apoio de um médico e um veterinário, que medicavam os animais feridos para reabilitá-los para uma próxima luta. No local, também foram apreendidos troféus e camisetas com a listagem das competições.