O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a prisão preventiva do general Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022. A decisão foi confirmada neste sábado (14), após audiência de custódia conduzida pelo juiz Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre tentativa de golpe de Estado.
Braga Netto foi preso pela Polícia Federal na manhã deste sábado, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, sob a acusação de obstrução à Justiça. Segundo a investigação, ele teria participado de um plano para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2023, e estaria atrapalhando a coleta de provas no processo.
De acordo com a PF, o general chegou a transportar dinheiro em espécie escondido em uma sacola de vinho para financiar operações golpistas. Além do mandado de prisão, o STF autorizou buscas na residência do militar da reserva. Braga Netto permanecerá sob custódia do Exército no Comando da 1ª Divisão de Exército, no Rio de Janeiro.
Em nota, a defesa de Braga Netto afirmou que “se manifestará nos autos após plena ciência dos fatos que ensejaram a decisão” e declarou confiança no devido processo legal. “Teremos a oportunidade de comprovar que não houve qualquer obstrução às investigações”, disse a defesa.
