
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou o fechamento da fronteira com o Brasil nesta sexta-feira (10), logo após sua posse para o terceiro mandato de seis anos. O bloqueio foi implementado na região de Pacaraima (RR), afetando o trânsito de veículos, mas permitindo a passagem de pedestres.
Em nota, o Itamaraty confirmou a medida, informando que o regime venezuelano deve reabrir a fronteira apenas na próxima segunda-feira (13). A Embaixada do Brasil orientou cidadãos brasileiros a utilizarem os plantões consulares em Caracas e Santa Elena de Uairén, disponibilizando contatos telefônicos para emergências.
Apesar do bloqueio, a Polícia Militar de Roraima relatou que a movimentação na região segue tranquila, com redução leve no fluxo migratório.
Fraude eleitoral e repercussões internacionais
A medida ocorre em meio às controvérsias sobre a reeleição de Maduro, realizada em julho de 2024. Apesar de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarar a vitória do chavista, a oposição, países e organizações internacionais apontaram irregularidades. Documentos divulgados pela oposição indicam que Edmundo González teria vencido com 67% dos votos contra 30% de Maduro.
Países como Estados Unidos, Argentina e Itália reconheceram González como vencedor, enquanto o Brasil, sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, mantém posição de não interferência, declarando que a questão é de responsabilidade dos venezuelanos.
A decisão de Maduro de fechar a fronteira intensifica as tensões regionais, destacando o isolamento diplomático do regime.