
O empresário Pablo Marçal (PRTB) foi condenado a oito anos de inelegibilidade por abuso de poder econômico e político nas eleições de 2024 à Prefeitura de São Paulo. A decisão, tomada nesta sexta-feira (21), impede Marçal de concorrer a qualquer cargo até 2032, com o prazo de inelegibilidade começando a contar ainda em 2024. Em janeiro, ele anunciou sua candidatura à Presidência da República em 2026. Sua defesa afirmou que recorrerá ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).
O juiz responsável, Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, concluiu que Marçal usou vídeos na internet para oferecer apoio político a candidatos a vereador, em troca de doações para sua campanha. Além disso, o magistrado apontou a disseminação de fake news sobre o sistema de arrecadação eleitoral e propaganda eleitoral negativa, o que configuraria abuso de poder.
A ação contra Marçal foi movida após um pedido de investigação feito pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) e sua coligação, composta por PSOL, PT, PCdoB, PV, PDT e PSB. A defesa de Marçal alegou que as provas não são suficientes para justificar a decisão e que um recurso será apresentado ao TRE-SP.