
Entre janeiro e junho de 2025, as queimadas no Brasil consumiram cerca de 1 milhão de hectares, volume que representa apenas um terço da área atingida no mesmo período de 2024, quando o fogo destruiu 3,1 milhões de hectares.
Esses dados foram divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima nesta quarta-feira (2), com base em informações do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O Pantanal registrou a maior redução, com queda de 97,8% na área afetada: enquanto em 2024 foram queimados 607,9 mil hectares, neste ano o número caiu para 13,4 mil hectares. A Amazônia também apresentou forte diminuição, com 75,4% a menos, seguida pela Mata Atlântica e pelo Cerrado, que tiveram recuos de 69,7% e 47%, respectivamente.
Por outro lado, o Pampa e a Caatinga tiveram aumento no número de queimadas, de 38,2% e 10,2%, em comparação com o primeiro semestre do ano anterior.
Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) reforçam essa tendência, apontando 19.277 focos de calor detectados no Brasil de janeiro a junho de 2025, contra 35.938 no mesmo período de 2024 — uma redução de 46,4%, conforme o Sistema BDQueimadas.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, apesar dos avanços, as mudanças climáticas intensificam os fatores que favorecem os incêndios, o que exige maior empenho nas ações de combate.
“Prevenir e combater incêndios é prioridade absoluta do governo do presidente Lula, que no último ano trabalhou intensamente junto a estados, municípios, academia, setor privado e sociedade civil para implementar um modelo de governança do fogo à altura dos desafios impostos pelo aquecimento global”, afirma a pasta.
Entre as medidas adotadas, o governo destaca o aumento de 26% no número de brigadistas em todos os biomas, totalizando 4.385 profissionais neste ano. Também foram destinados R$ 405 milhões do Fundo Amazônia para reforçar os Corpos de Bombeiros da Amazônia Legal, além da criação da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que fortalece a cooperação entre governos, organizações sociais e o setor privado.