Um levantamento da AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, divulgado nesta terça-feira (8), aponta que o Judiciário brasileiro lidera a lista de ameaças à democracia entre dez alternativas apresentadas aos entrevistados.
Em evidência no Brasil — e até fora do país —, o Supremo Tribunal Federal (STF) segue no centro dos debates, especialmente pelas decisões polêmicas do ministro Alexandre de Moraes.
Segundo a pesquisa, 42,8% dos brasileiros veem a atual composição do Judiciário como um risco à democracia, índice que contrasta com o discurso majoritário dos ministros, que costumam defender suas ações como proteção das instituições democráticas.
O presidente Lula (PT), que só pôde concorrer em 2022 após decisão do ministro Edson Fachin anulando suas condenações — entendimento validado pelo plenário do STF —, foi eleito para um terceiro mandato em uma eleição tumultuada e ainda contestada por parte da sociedade. Recentemente, o petista admitiu que depende do Supremo para governar, o que intensificou o debate sobre a interferência do STF em outros Poderes.
A tensão aumentou ainda mais depois que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em sua rede Truth Social que Jair Bolsonaro (PL) é alvo de perseguição política no Brasil, classificando as ações judiciais contra ele como uma “caça às bruxas”.
OUTROS FATORES DE RISCO IDENTIFICADOS
Depois do Judiciário, o governo federal aparece como a segunda maior ameaça à democracia, segundo 38,8% dos entrevistados.
