
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou, na quarta-feira (27), três casos de encefalite equina venezuelana (VEEV) em humanos no Amazonas. Dois homens e uma mulher, residentes na região do Alto Solimões, foram diagnosticados em 2025.
A doença, endêmica no norte da América do Sul e América Central, apresenta casos raros nos Estados Unidos. Segundo o virologista Felipe Gomes Naveca, do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), esta é a primeira vez que o vírus foi detectado em residentes de Tabatinga, município localizado na tríplice fronteira com Colômbia e Peru.
“Nossos achados identificam o VEEV como uma causa subdiagnosticada de doença febril aguda na Amazônia brasileira”, afirmou Naveca.
A encefalite equina venezuelana é causada por um alphavirus transmitido por mosquitos e pode afetar tanto humanos quanto equinos. A doença provoca inflamação cerebral (encefalite), podendo gerar sequelas motoras, cognitivas, comportamentais e emocionais, dependendo da gravidade da infecção e das áreas do cérebro atingidas, impactando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.