LGB: Movimentos de gays, lésbicas e bissexuais anunciam separação do ativismo trans em 18 países

Grupos de defesa de gays, lésbicas e bissexuais anunciaram neste mês uma “declaração de independência” para marcar a ruptura com o ativismo trans, que, segundo eles, teria tomado o espaço das pautas LGB. A iniciativa, chamada LGB International, reúne representantes de 18 países, incluindo Austrália, Canadá, Taiwan e Estados Unidos.

De acordo com a coalizão, antigas entidades do movimento LGBTQIA+ passaram a priorizar debates sobre identidade de gênero, deixando em segundo plano a defesa de homossexuais e bissexuais. O presidente da LGB International, Frederick Schminke, afirmou ao jornal The Telegraph que essa mudança ameaça conquistas históricas e silencia vozes críticas.

O grupo destacou ainda que a homossexualidade continua criminalizada em 64 países e criticou situações em que homens heterossexuais se declaram lésbicas ou mulheres heterossexuais se apresentam como gays para reivindicar acesso a espaços exclusivos.

“Esta é uma declaração de independência. Hoje, gays, lésbicas e bissexuais têm uma nova organização global”, declarou a coalizão na rede X.

A fundadora da LGB Alliance, Bev Jackson, manifestou apoio à decisão, acusando entidades tradicionais de terem se desviado da luta LGB. Já organizações como a ILGA-Europe e a Beaumont Society reagiram em defesa da união, alertando que a fragmentação pode enfraquecer os avanços conquistados ao longo das últimas décadas.