O Estado do Amazonas, numa articulação da Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), foi contemplado com a doação de 300.096 absorventes higiênicos numa das ações da campanha nacional Always #MeninaAjudaMenina.
O material chegou a Manaus e será distribuído gratuitamente para estudantes em situação de pobreza e extrema pobreza nas escolas da rede estadual em Manaus e no interior do estado.
Os itens foram entregues à Seas na tarde desta segunda-feira (21), no galpão da Latam Airlines, parceira da campanha por meio do programa Avião Solidário.
Essa iniciativa inédita foi lançada pelo governador Wilson Lima e pela deputada estadual e presidente da Comissão da Mulher da Assembleia Legislativa Alessandra Campêlo, no final do ano passado, com a Lei n° 5.550/2021, que institui e define diretrizes para a Política Pública da Dignidade Menstrual e conscientização sobre a menstruação e a universalização do acesso ao protetor menstrual higiênico.
“Esses absorventes serão distribuídos em escolas públicas estaduais em Manaus e no interior. Além dessa doação, o Governo também está trabalhando na aquisição de uma quantidade grande de absorventes que vai atender durante todo o ano meninas e mulheres em situação de extrema pobreza que não têm, hoje, como ter uma higiene menstrual adequada. Isso mostra a sensibilidade do governador Wilson Lima com a necessidade das mulheres”, ressaltou a deputada Alessandra Campêlo.
Problema Social
A Pobreza Menstrual, em síntese, é a falta de acesso a itens básicos de higiene no período menstrual, uma realidade que impacta a vida de muitas mulheres brasileiras. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que uma em cada dez meninas faltam à escola durante a menstruação.
Segundo o diretor da Procter & Gamble (P&G) em Manaus, Adriano Maturino, a doação dos itens é resultado de uma pesquisa que aponta a pobreza menstrual como um problema social que afeta jovens e adolescentes em todo país.
“Essa campanha vem de um estudo que foi feito pela P&G em 2020, onde a cada quatro meninas a gente detectou que uma delas está sofrendo com a pobreza menstrual, perdendo autoconfiança, perdendo aulas na escola, ou seja, esse trabalho não é só para ajudar as meninas, mas também ajudar a própria Educação do nosso país”, afirmou o diretor.