Condenado por pedofilia e corrupção, Adail Pinheiro pretende se candidatar à prefeitura de Coari

Condenado a 57 anos de prisão após ser acusado de participação em esquemas corruptos que saquearam os cofres públicos do município de Coari (363 Km de distância até Manaus), além de ser condenado integrar uma rede de pedofilia que explorava sexualmente menores no Amazonas, Adail Pinheiro pretende se candidatar novamente ao cargo de Prefeito de Coari.

Rumores apontam que Adail estaria pretendendo ‘tirar’ o seu sobrinho e atual prefeito de Coari, Keitton Wyllyson Pinheiro Batista da corrida eleitoral para assumir o executivo da cidade. Vale ressaltar que o filho de Adail Pinheiro, Adail Pinheiro Filho, também comandou a prefeitura da cidade enquanto o pai estava cumprindo pena.

Adail Pinheiro foi condenado a 57 anos e 5 meses de prisão, durante operação “Vorax”, por comandar um esquema milionário de fraudes em licitações e desvios de recursos públicos da Prefeitura de Coari. Além dos crimes de corrupção, Adail foi acusado de chefiar uma rede de prostituição infantil e pedofilia no interior do Amazonas, ganhando reportagens exibidas no Brasil e no exterior.

Em reportagem exibida pelo programa ‘Fantástico’, da rede Globo, casos encaminhados ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) vieram à tona. O último ocorreu no final de 2013, quando uma adolescente afirmou que estava sendo obrigada pela mãe a ter relações íntimas com o prefeito em troca de dinheiro. A menina, virgem, de apenas 13 anos, disse que foi “prometida” a Adail.

Após enfrentar vários processos na justiça, ser cassado, perder seus direitos político e até mesmo ter se tornado inelegível, Adail Pinheiro em uma jogada política bem elaborada conseguiu “aliviar” sua pena e

O rumor de que Adail Pinheiro possa se candidatar novamente ao cargo de prefeito de Coari rapidamente virou o assunto mais comentado no município. Uma fonte que preferiu não ser identificada por medo de represarias disse: “Do jeito que o povo de Coari é, não duvido que o Adail ganhe e volte ao poder”. A reportagem tentou entrar em contato com Adail Pinheiro mas até o momento não houve nenhum retorno.