O desembargador aposentado Rafael Romano, de 72 anos, acusado de estuprar a neta, foi ouvido no Fórum Ministro Henoch da Silva Reis, na manhã desta sexta-feira (22). Em 2018, o Ministério Público do Amazonas (MPE-AM) ofereceu denúncia contra o magistrado por estupro de vulnerável.
Ele é suspeito de abusar sexualmente da neta desde 7 anos. Atualmente a vítima possui 16 anos. O caso veio ganhou repercussão depois que a mãe da jovem denunciou o caso ao Ministério Público.
Ela relatou à Rede Amazônica, à época, que soube da situação pela própria filha em fevereiro de 2018. Ela visitava uma amiga em um hospital quando a filha decidiu revelar a situação.
Segundo a vítima, o último caso ocorreu quando a menina já estava com 14 anos, em 2016. Na ocasião, ela disse que uma tia chegou a ver a situação, mas negou quando foi questionada sobre os abusos por “sentir vergonha”.
Os casos foram relatados pela adolescente em depoimento à Delegacia Especializada em Proteção de Crianças e Adolescentes (Depca) e os dados foram incluídos na denúncia do Ministério Público Estadual (MPE-AM).
Na época, a mãe da vítima publicou um texto nas redes sociais onde expõe a denúncia e chama o ex-sogro de “monstro horroroso” e “pedófilo”.
O desembargador aposentado Rafael Romano atuou no Juizado da Infância e da Juventude no Amazonas e foi relator da operação Estocolmo, deflagrada em 2012 para combater o crime de exploração sexual de jovens no estado envolvendo políticos, entre eles o ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro, e empresários.