MANAUS – Na manhã desta última terça-feira (30), uma mulher foi ouvida na delegacia e acusa o delegado da Polícia Civil do Amazonas, Thomas de Vasconcelos, de ter a espancado em um bar, na noite do sábado (26), em Manaus.
De acordo a mulher, ela e uma amiga estavam no estabelecimento, por volta das 22h, acompanhadas de uma terceira colega, quando a garçonete adentrou o local, avisando que a polícia havia chegado. A funcionária teria levado os clientes para uma outra sala, no momento em que a polícia chegou para fazer uma inspeção.
Ainda segundo relatos da moça, os policiais renderam os clientes, acusando os presentes de estarem consumindo maconha – o que foi encontrado em uma mochila, jogada no canto da sala.
A mulher negou saber a quem pertencia o material, pois era a primeira vez que estava no estabelecimento. Foi então que a vítima levou um tapa nas costas, desferido pelo delegado.
Segundo ela, o policial ordenou que levassem ‘as drogadas’ do local, o que fez com que ela rebatesse as acusações, dizendo que o delegado não podia fazer aquilo sem provas. “Não posso, é?”, disse Thomaz, acertando o rosto da mulher com outras tapas, mais fortes. A agressão causou na vítima um derrame ocular. Elas foram submetidas a exame de corpo e delito.
O delegado Thomas de Vasconcelos não quis se pronunciar sobre o caso.
No ano de 2014, o delegado foi exonerado do cargo de secretário de Inteligência do Estado, após cinco homens, não identificados, invadirem uma agência bancária na Zona Oeste de Manaus com metralhadoras.
Já em 2012, o delegado e mais quatro colegas de trabalho, estiveram envolvido no escândalo conhecido como “Quinteto Fantástico”, em que um grupo de delegados conseguiu se manter no cargo com a ajuda do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), que proferiu decisões favoráveis aos cinco candidatos reprovados ainda na primeira fase do concurso, inclusive anulando o ato do então governador Omar Aziz”, aponta reportagem do jornal A Crítica de 26 de maio de 2016.
Nesta data eles já haviam perdido no STJ, mas entraram com recurso, sem obter sucesso.
Após as exonerações, estes 5 delegados recorreram e perderam nas instancias superiores de Justiça, em Brasília, com desfecho final sete anos depois.
CASO WALLACE
Em 2009, o ex-policial militar Moacir Jorge Pereira da Costa, o “Moa”, disse que só incriminou o então deputado Wallace Souza porque foi torturado física e psicologicamente por policiais civis e pelo então secretário adjunto de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, no caso, Thomaz Vasconcelos Dias.
De acordo com Moa, todas as acusações contra Wallace Souza, atribuídas a ele (Moa), foram fabricadas por Thomaz Vasconcelos, homem de confiança do então governador Eduardo Braga.