Embarcação com mais de 900 passageiros clandestinos é interceptada em Porto de Manaus

Os clientes terão que ser ressarcidos e a empresa responsável pela embarcação será notificada

Uma barco contendo uma multidão de pessoas que faria passeio com festa clandestina nas praias da região foi interceptado ainda no porto do Centro de Manaus, na Balsa Amarela, na manhã deste domingo (18).

Segundo a polícia, a embarcação tinha como destino a Praia do Tupé, que é uma praia bastante procurada pelos manauaras, para lazer. Mas devido ao decreto estadual, não está sendo permitido esse tipo de passeio, além de que a recomendação diz que somente a metade da lotação está permitida, e o que se viu mais que o dobro do que o recomendado disso.

A Central Integrada de Fiscalização (CIF) Fluvial, recebeu denúncia de que uma embarcação de grande porte deixaria a capital em direção à praia do Tupé, por volta das 8h da manhã, se dirigiu até o local e flagrou o barco com mais de 900 pessoas à bordo..

 

 

O organizador do evento efetuou as vendas dos ingressos com antecipação e hoje uma multidão aguardava no barco para seguir viagem.

Os clientes terão que ser ressarcidos e a empresa responsável pela embarcação será notificada.

João Rufino, diretor-presidente da Arsepam, relatou que a embarcação tinha capacidade máxima de 450 pessoas, mas por conta do decreto, deveria estar apenas com 50% da ocupação, mas o que se viu foi algo bem diferente:

“Orientamos, ainda, que as pessoas verifiquem se, de fato, as medidas estão sendo cumpridas, se há todos os cuidados necessários, álcool em gel, aferição de temperatura, uso de máscaras, entre outros. Se perceberem que as medidas sanitárias não estão sendo cumpridas, elas podem nos procurar”, orientou Rufino.

Os responsáveis pela embarcação e organização do passeio foram encaminhados ao 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP) e a Arsepam aplicou autos de infração relacionados à superlotação e à falta do distanciamento social. A ação contou com o apoio da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), Polícia Militar do Amazonas (PM-AM), Polícia Ambiental e da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam).

“Tivemos acesso a lista de passageiros e por ela a lotação do barco estava dentro do limite, porém, o que se viu é que ela está com superlotação. Tem 450 pessoas lá dentro e outras 200 ou 300 que estão aqui fora e que ainda iam embarcar. Esse barco sairia daqui com cerca de 750 pessoas no total”, pontua.

Rufino afirma que os organizadores do evento serão responsabilizados por infringir o decreto que proíbe aglomerações. Os passageiros foram retirados do barco e aos poucos estão se dispersando.

“Não tinha distanciamento entre as pessoas, não tinha nenhum protocolo sendo respeitado. Tinha muita gente tanto do lado de dentro como de fora. Nós não permitimos que o barco saísse, acabamos com a festa. Eles alegaram que estavam cumprindo com as medidas e que consultaram as autoridades. Disseram que venderam os ingressos e que muita gente queria e por isso eles venderam a mais. No ver deles, eles estavam cumprindo o decreto, mas não foi isso que se viu”, diz Geize Souza, fiscal da FVS.