Estados gastam uma média superior a R$ 110 mil por respiradores

Em São Paulo, a prefeitura chegou a perder uma compra porque uma rede privada de saúde pagou um preço maior ainda pelos respiradores. Segundo o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, uma rede hospitalar privada, que não teve seu nome divulgado, ofereceu um preço maior por cada equipamento e ficou com o lote que estava sendo negociado pela gestão municipal.

“Nós já tínhamos adquirido esses respiradores e aí uma rede particular foi e deu um recurso muito maior e acabou adquirindo esses respiradores que já estavam determinados para a secretaria” – afirmou o secretário, em entrevista publicada pelo jornal O Globo.

O governo do Estado de São Paulo chegou a pedir que empresas de outros setores fabriquem os respiradores. Em reportagem do Portal UOL, explicou que o pedido de mudança de finalidade da produção das empresas remete aos esforços feitos por países que se envolvem em grande conflitos, como as nações que participaram da 2ª Guerra Mundial. O governo do Amazonas também foi criticado pela venda do respirador ter sido feita por uma empresa que não é, originariamente, do setor da saúde.

Preços maiores

Em Minas Gerais, o governo tenta negociar diretamente com a China e estima que o preço fique entre R$ 150 mil e R$ 180 mil por aparelho. A informação foi publicada no jornal Estado de Minas, um dos principais meios de comunicação mineiros. 

No Rio de Janeiro, um dos Estados recordistas de casos no Brasil, o governo teve que pagar R$198 mil para conseguir aparelhos no início da pandemia. 

No Nordeste, a situação não é diferente. Na Bahia, a média tem sido R$ 160 mil, conforme reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico. No Ceará, os 700 respiradores comprados da China custaram, em média, R$ 117 mil, de acordo com o Portal G1

Em Goiás, no Centro-Oeste brasileiro, o secretário de saúde, Ismael Alexandrino admite que já pagou R$ 50 mil por respiradores que hoje estão sendo comprados por R$ 130 mil. “Este preço é muito variável porque já pagamos R$ 50 mil nos ventiladores, mas os mesmos o mercado hoje está hoje pedindo R$ 130 mil”, explicou em entrevista para o jornal goiano O Popular.