Ex-prefeito de Coari Adail Pinheiro condenado a mais de 11 anos por pedofilia pede revisão criminal

O ex-prefeito polêmico do município e Coari Adail Pinheiro condenado a mais de 11 anos de prisão pelo crime de exploração sexual infantil, por meio de seus advogados solicitou revisão em relação ao processo criminal. Segundo a defesa do político, eles estão questionando a imparcialidade do relator do processo da época pelo desembargador Rafael de Araújo Romano, e alegam ainda na solicitação que o magistrado aposentado foi posteriormente condenado por suposto abuso sexual da própria neta.

A defesa diz que o crime ocorreu, em tese, no mesmo período (2009 a 2016) em que Rafael Romano atuou como relator da ação penal no processo do ex-prefeito, o que prejudicaria sua imparcialidade no caso e se comprovada “não só a sentença condenatória deverá ser anulada, como também todos os demais atos praticados ao longo do processo-crime.”

Adail foi condenado em novembro de 2014. Ele era acusado de favorecimento à prostituição, além de improbidade administrativa. A ação de pedofilia foi resultado de uma denúncia feita pelo Ministério Público em 2009, após investigação feita pela Polícia Federal (PF).

No entanto, o ex-prefeito foi contemplado pelo indulto natalino do presidente Michel Temer, em 2016, e teve extinção da pena. Na época, o Tribunal de Justiça, com base no parecer favorável do Ministério Público do Amazonas, concluiu que o ex-político se enquadrava nos requisitos do perdão presidencial. Mais tarde, o próprio tribunal suspendeu o benefício de Adail.

 

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