Givancir teria tentado assassinar transexual para esconder o caso que tinha com ela

Manaus – Um jovem de 24 anos morreu na tarde do último sábado (29) após ter sido baleado pelo presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir de Oliveira Silva, 44, no quilômetro 6 da rodovia Carlos Braga, em Iranduba. Bruno Guimarães de Freitas morreu no local do crime. Ele foi baleado na nuca, tórax e perna. Outro ferido, a transexual Delisson dos Santos Freitas, de 23 anos, mais conhecida como “Thelssy” segue hospitalizado.

Bruno Guimarães de Freitas morreu no local do crime. Foto: Reprodução

Givancy mantinha um caso amoroso enquanto ela era sua funcionária, e temendo pela revelação do segredo, o acusado teria tentado matar a vítima.

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Segundo informações, ela e seu primo Bruno foram à casa do presidente dos Rodoviários receber R$ 400, minutos após Thelssy ter falado com Givancir por meio de mensagens de WhatsApp perguntado se poderia ir ao local receber o valor. O mesmo teria respondido que sim.

Quando os primos chegaram ao imóvel, foram recebidos por um funcionário de Givancir, identificado como ‘Binda’, que, prontamente, entregou R$ 250 para ex-funcionária.         

“Givancir pediu para que fôssemos rápido, porque ele já estava de saída. ‘Binda’ chegou apenas com R$ 250, sendo com uma nota de R$ 100 rasgada. Mandei devolver, e disse que precisava do dinheiro, pois eu tinha trabalhado e precisava receber meu dinheiro aquele dia. Eu e ‘Binda’ discutimos e eu disse que se não recebesse meu dinheiro naquele dia, eu iria procurar meus direitos na justiça”, afirmou a ex-funcionária, no depoimento.

A dupla saiu do imóvel. Já nas proximidades do Ramal dos Seus, um veículo bateu na traseira da motocicleta em que os dois primos estavam. Eles caíram na lateral da pista. Em seguida, um homem encapuzado desceu do veículo, exigindo que a Thelssy entregasse o celular. Ele se negou e deu início a uma luta corporal com o suspeito.

Segundo a vítima, foi nesse momento que ele conseguiu puxar do rosto do homem a blusa que servia como capuz. “Foi aí que eu percebi que era o próprio Givancir. Sendo que eu já havia reconhecido ele pela bermuda. Além de Givancir, uma mulher e outro cara atiraram contra meu primo. Ele sabe que eu vi o rosto dele. Givancir puxou o gatilho eu fui atingido com três tiros nas costas e outro de raspão”, disse o sobrevivente.

Momentos antes de morrer, Bruno chegou a afirmar que o mandante do crime seria Givancir Oliveira, que era ex-patrão das vítimas.

De acordo com Thelssy, ela é o primo realizavam serviços gerais na casa do presidente dos Rodoviários. Na ocasião do crime, o primo teria ido levá-lo apenas para ele receber o dinheiro.

Bruno pilotava uma motocicleta e sua prima estava na garupa. Ambos foram baleados e abandonados no local dos disparos.

Thelssy está internado no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, na zona Centro-Sul de Manaus. O caso corre em segredo de justiça.

Prisão

Givancir Oliveira foi conduzido para uma unidade policial da capital, por questões de segurança, onde irá ficar custodiado. Durante a transferência, moradores aplaudiram, em comemoração à prisão.

O juiz de direito Carlos Henrique Jardim da Silva, que responde pela 2ª Vara da Comarca de Iranduba, foi quem decretou a prisão temporária no fim da tarde desta segunda-feira (2), atendendo ao pedido da Polícia Civil do Estado do Amazonas. Givancir Oliveira ficará preso por um período de 30 dias para a apuração da autoria do homicídio de Bruno Guimarães, 24 anos.