Após denúncias de omissão, Procon inspeciona unidades hospitalares da Hapvida

Manaus – Após denúncias realizadas contra a operadora de planos de saúde Hapvida na última quinta-feira (28), o Procon (Programa de Defesa ao Consumidor) realizou na manhã desta sexta-feira (29), uma inspeção em unidades hospitalares da seguradora.

De acordo com a denúncia entregue ao Procon, a Hapvida tem internado seus pacientes nos hospitais públicos, nos quais não possuem estrutura necessária de atendimento.

São diversas denúncias que comprovam a omissão e o abandono de pacientes que, mesmo com plano de saúde pago em dia, são obrigados a procurar ajuda por conta própria no hospital de campanha da prefeitura de Manaus se quiserem salvar suas vidas.

É inadmissível que uma operadora com representação em vários Estados e que gere o plano de saúde de empresas do distrito industrial, inclusive multinacionais, deixe seus clientes jogados largados e a mercê da sorte.

Dentre as várias denúncias, três pacientes gravaram vídeos e autorizaram o uso de seus nomes:

Fui para Hapvida, e lá não descobriram o que eu tinha, eles disseram que se fosse covid-19 que eu deveria procurar o hospital da prefeitura. Eles me deram dipirona e me mandaram para casa, se dependesse da HAPVIDA, uma hora dessas estaria morto.” Disse, Vanildo Aleixo Dias, paciente curado de covid-19 no hospital de campanha da prefeitura de Manaus. O Sr Vanildo paga em dia seu plano de saúde.

Dona Maria do Perpetuo Socorro Colares, informa que é cliente Hapvida, mas que viveu dias de terror e não teve o atendimento que precisava. ”Eu tinha medo, aquele hospital da Hapvida LOTADO, eu não tive alternativa, fui para o hospital de campanha da prefeitura de Manaus, lá sim eu tive um tratamento humanitário, estou aqui viva para agradecer, vou cancelar meu plano Hapvida, no momento que eu mais precisei a empresa me deu as costas” finalizou.

Lorinei Soares Ferreira, 42 anos, internado desde o dia 19 de maio de 2020, no hospital de campanha da prefeitura de Manaus, disse que foi transferido do Platão Araújo para o hospital municipal, e que já tinha ido a Hapvida. De lá o rapaz foi obrigado a ser internado no Platão, sem estrutura, sua salvação foi o hospital de campanha. “Eu tenho plano de saúde Hapvida, que não me serviu de nada, fui mandado pra casa pra morrer, hoje estou curado, agradeço ao tratamento que recebi aqui no hospital municipal”.

Os pacientes comunicaram que deverão acionar a justiça e processar a operadora Hapvida por omissão de socorro.