Investigados na Operação Ponto de Parada são encaminhados ao CDPM

Foram presos na operação “Ponto de Parada“, o presidente da Associação Boi Bumbá Caprichoso, Jender Lobato e o ex-vice-presidente Sérgio Viana, além de Udson Maranhão dos Santos. Ambos  foram levados na tarde desta segunda-feira (23) para o Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), localizado no quilômetro 8 da BR-174.

De acordo com a Seap (Secretaria de Administração Penitenciária), o empresário Udsom Maranhão Duarte ficará preso no CDPM I (Centro de Detenção Provisória Masculino 1) e Rosedilse de Souza Dantas, no CDPF (Centro de Detenção Provisória Feminino), ambos no quilômetro 8 da rodovia BR-174, que liga Manaus a Boa Vista (RR).

Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) eles passaram por triagem após terem prisão temporária decretada na Operação Ponto de Parada.

Os quatro foram alvos de prisão temporária na operação que investiga suposto desvio de R$ 5,7 milhões oriundos de fraudes na contratação de empresa para transporte escolar e na aquisição de combustível pela Prefeitura de Presidente Figueiredo. O deputado Saullo Vianna foi alvo de busca e apreensão.

As investigações envolvem denúncias de esquemas de desvios em recursos federais em contratos de transporte escolar e aquisição de combustíveis para escolas do município de Presidente Figueiredo, no Amazonas.

Os indiciados devem responder por fraude em licitação, peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, poderão cumprir pena de até 30 anos de reclusão.

Superfaturamento

As ilegalidades ocorreram em 2017 e 2018. Os auditores observaram que a empresa contratada para o transporte escolar atuava como mera intermediadora na prestação dos serviços, o que gerou um superfaturamento de R$ 3.903.405,70, com recursos federais.

Já a aquisição de combustível para o transporte escolar apresentou superfaturamento de R$ 1.865.091,81, com recursos do município.

O delegado federal Henrique Albergaria afirmou, na manhã desta terça-feira que o esquema criminoso “era consubstanciado no direcionamento de um procedimento licitatório a uma determinada empresa por meio de restrição do caráter competitivo do certame”.

Na manhã desta segunda-feira, Saullo Vianna afirmou que ainda vai tomar conhecimento das acusações contra ele para “transmitir as informações necessárias e de forma transparente” para a sociedade. Ele também disse que está à disposição das autoridades para “colaborar no trabalho de investigação sobre as denúncias relacionadas a licitações” no município de Presidente Figueiredo.