Narcotraficante de alta periculosidade “Mano G” é solto de presídio federal

O maior narcotraficante da região norte Gelson Lima Carnaúba, o “Mano G” teve seu alvará de soltura concedido pelo desembargador  do Tribunal de Justiça do Amazonas (Tjam), Sabino da Silva Marques.

Carnaúba foi condenado a 120 anos de prisão pela chacina ocorrida em maio de 2002 no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que resultou na morte de 56 rivais que foram mortos a sangue frio.

O pedido de habeas corpus foi aceito após solicitação do advogado de defesa do narcotraficante, Elzu Souza Alves. Ele apresentou o argumento de excesso de prazo na prisão de “Mano G”, que aguarda o julgamento na cadeia de segurança máxima há três anos.

A decisão do magistrado atendeu habeas corpus número 4008002-05.2020.8.04.0000, impetrado alegando excesso de prazo: “Isto posto, caracterizado o constrangimento ilegal imposto ao paciente, por excesso de prazo, concedo liminarmente a ordem impetrada, ordenando seja expedido o competente alvará de soltura em seu favor com qualificação existente nos autos, devendo ser posto em liberdade incontinenti da unidade prisional”, diz a decisão de Sabino.

“Mano G”, é considerado um dos criminosos do sistema penitenciário de alta periculosidade, e também é um dos fundadores da facção Família do Norte (FDN).

Ao lado dos narcotraficantes José Roberto Fernandes Barbosa, o Zé Roberto da Compensa, e João Pinto Carioca, o João Branco. Os três estão na lista de 17 presos denunciados como autores intelectuais, interlocutores e executores do massacre no complexo Anísio Jobim há 3 anos.

O narcotraficante deixou a organização após uma briga com os outros líderes: João Pinto Carioca, o “João Branco”; e José Roberto Fernandes, o “Zé Roberto da Compensa”, e passou a integrar o Comando Vermelho (CV).