Mandetta diz que falta de oxigênio no Amazonas era previsível

No programa ‘Roda Viva’, o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que alertou Bolsonaro do perigo que é a falta de oxigênio em hospitais. Mandetta disse, que na ocasião da falta do insumo na Itália, relatou ao presidente que a falta dos insumos são previsíveis e que “oxigênio não acaba da noite para o dia”, que deve ser monitorado.

Mandetta disse ainda que, “essa crise de oxigênio já era presente tranquilamente há mais de um mês”. E que não está havendo monitoramento nem planejamento. E, considerou como sendo “falta de atitude, falta de governança, falta de interesse do Governo federal, que jugou como um “governo perverso”.

Manaus entrou em colapso e vive há cerca de três dias uma grave crise de falta de oxigênio. A situação fez com que pacientes internados fossem levados à morte por asfixia, devido a falta de estoque nos hospital.

Em 2020, Mandetta ganhou expressiva notoriedade à frente do Ministério da Saúde, no combate à pandemia de COVID-19, algumas vezes contrariando o presidente Bolsonaro.

No dia 31 de janeiro de 2020, o ministro reativou um Grupo de Trabalho Interministerial de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional para atuar no enfrentamento da pandemia. Sob seu comando o grupo passou a realizar monitoramento diário da situação junto à Organização Mundial da Saúde, atualizando diariamente as informações na Plataforma IVIS, com números de casos suspeitos, confirmados e descartados, além das definições desses casos e eventuais mudanças em relação à situação epidemiológica.

O desgaste na relação de Mandetta com Bolsonaro e seus apoiadores levou à sua exoneração em 16 de abril de 2020.