Medicamentos são descartados em lixão de cidade do interior do Amazonas

Em plena pandemia, medicamentos, que podem ser adquiridos gratuitamente na UBS, são desprezados no lixão da cidade

No município de Manicoré, (a 457 quilômetros de distância da capital Manaus), os vereadores Joaquim Ribeiro (PSDB) e Luiz Nazareno(PP) receberam denúncia da população sobre um lote de medicamentos descartado em um lixão da cidade.

Eles foram averiguar a informação e se depararam com um grande lote de medicamentos que havia sido descartado, de forma irregular, provocando danos ao meio ambiente, e  reforçando o descaso que o órgão público responsável pela saúde do povo daquele município tem com a saúde de seus cidadãos, visto que parte do lote, estava no prazo de validade.

Parte dos medicamentos descartados são para o tratamento de hipertensão arterial, que o vereador disse que ainda estavam em perfeito estado e, que também teria outros remédios que seriam para diversos tratamentos de outras patologias, que foram, simplesmente, desprezados.

Como se não bastasse, a denúncia apresentava ainda um outro problema, que deixa a população ainda mais indignada. Sempre que os pacientes das Unidades Básicas de Saúde do município de Manicoré são receitados com qualquer tipo de medicação, quando apresentam o receituário na farmácia da unidade hospitalar é sempre a mesma sonora. “Não temos esse medicamento”.

E isso em plena pandemia, onde muitos perderam emprego e não possuem renda suficiente para a aquisição de medicamentos, que podem ser adquiridos gratuitamente na UBS.

Nota

Por meio de nota, a secretária de Saúde do município, Maria Adriana Moreira, disse que não tinha conhecimento do descarte dos medicamentos e que tomou ciência a partir das denúncias veiculadas em redes sociais e sites de notícias. E, que ao tomar conhecimento da informação, iniciou as medidas administrativas cabíveis e que também deve realizar um processo de licitação, para contratação de empresa para a coleta dos materiais.

Em relação ao fato dos medicamentos ainda estarem dentro da validade, não houve nenhuma referência na nota.

A redação também estendeu a denúncia para o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), que informou que irá averiguar a denúncia.