Implantado há um ano e meio no Centro de Manaus, o sistema de estacionamento rotativo Zona Azul, que no início deste ano também foi aplicado no bairro Vieiralves, na Zona Centro-Sul da capital, ainda gera polêmica e muito estresse para os motoristas da cidade.
O sistema que possui o valor da taxa de R$ 2,45 é cobrado a cada 60 minutos e muitos motoristas se dizem lesados e inconformados com a cobrança.
Segundo o gerente de loja Raimundo Vieira, que trabalha no Centro de Manaus há 5 anos, todos os dias ele se irrita quando vai efetuar o pagamento para o sistema Zona Azul, que, conforme o relato dele, é uma forma de extorquir dinheiro da população.
“Eu trabalho aqui no Centro durante uma média de dez horas por dia. Eu pago geralmente R$ 24,50 ao dia. Isso dá mais de R$ 500 por mês, o prefeito Arthur Neto deve amar isso. A Zona Azul é uma máquina de dinheiro”, ironizou o trabalhador.
Já no bairro Vieiralves, outros motoristas reclamam do sistema da prefeitura.
“Tem muita área demarcada pela prefeitura aqui em Manaus. Eu acho que não havia necessidade de fazer isso aqui no Vieiralves”, disse o morador Renier Carvalho, que mora na área há 10 anos.
Instituído por uma lei municipal de 2010, o Zona Azul afirma que é um sistema que chegou para organizar e democratizar o fluxo de estacionamento de veículos no Centro de Manaus, e diz que segue as diretrizes do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
O sistema funciona de segunda à sexta, das 8hrs às 18hrs, e aos sábados, das 8hrs às 17hrs.
O usuário pode permanecer na vaga por 1 hora, podendo estender para 2 ou para no máximo 3 horas. Após o limite de 3 horas, o condutor deverá buscar outra vaga, promovendo a rotatividade necessária ao sistema.
