Policiais Militares são presos suspeitos de envolvimento com tráfico de drogas no interior do AM

Seis policiais militares tiveram a prisão decretada pela Justiça do município de Tefé,  pelo crime de tráfico de drogas.  A prisão foi realizada após investigações em uma operação conjunta entre Polícia Civil e Polícia Militar no dia 23 de novembro, na lancha Ágatha Fernandes. Na ação foram apreendidas duas malas com drogas,  em posse de uma senhora de 42 anos e de um adolescente de 16 anos.

Segundo o processo,  em depoimento, a mulher revelou que foi contratada por policiais militares no município de Japurá, interior do Amazonas, para efetuar o transporte das drogas até Tefé, e que estes teriam assegurado que não haveria problema, já que o material também seria recebido por outros policiais militares.

Ainda de acordo com a mulher,  cerca de uma semana antes da sua prisão estes mesmos policiais teriam apreendido 500 quilos de droga em Japurá e que o tráfico de drogas na região seria chefiado por um policial militar.

Com base nisto e na informação de que o grupo de policiais daria cobertura e proteção ao tráfico, auxiliando no pouso e decolagem de aeronaves contendo entorpecentes, fazendo a segurança dos criminosos, a Polícia Civil pediu a prisão dos envolvidos.

A prisão preventiva de três policiais militares foi decretada pelo juiz André Luiz Muquy, titular da 1.ª Vara da Comarca de Tefé, na audiência de custódia realizada em 29/11, em consonância com o parecer do Ministério Público.

De acordo com o magistrado, no dia seguinte, com mais apurações junto ao próprio Comando da Polícia Militar, obteve-se informações do envolvimento de mais três policiais militares no esquema de cobertura ao tráfico, extorsão de traficantes e garimpeiros de Japurá, com apreensão de drogas e apropriação do material, com cobrança, em média, de R$ 300 mil para permitir a passagem de aviões fretados sem fiscalização.

“Tais fatos ensejaram a decretação da prisão de mais três policiais militares e a expedição de mandado de busca, sendo apreendidos celulares, computadores e outras fontes de armazenamento”, afirmou o juiz.