
Seis anos após a Operação Patrinus, que revelou um esquema de desvio de R$ 100 milhões da Educação em Coari, o caso ainda gera repercussões no Amazonas. Em 26 de setembro de 2019, o empresário Alexsuel Rodrigues, dono do Supermercado Rodrigues, foi preso sob suspeita de envolvimento no esquema de corrupção que beneficiava aliados do então prefeito Adail Filho.
Na época, além de Alexsuel, foram presos Adail Filho, o presidente da Câmara Municipal, Keiton Batista, e o sargento da Polícia Militar, Fernando Lima. A investigação do Ministério Público do Amazonas (MPAM) apontou que o grupo teria fraudado documentos e cometido crimes de corrupção para desviar recursos do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB).
O papel de Alexsuel Rodrigues no esquema
As investigações indicaram que Alexsuel Rodrigues teria sido beneficiado com vantagens indevidas concedidas pela prefeitura de Coari, incluindo a posse irregular de um terreno público. Além disso, ele é suspeito de ter favorecido amigos e empresários próximos, que também foram presos na mesma operação.
O esquema veio à tona após meses de apuração, que incluíram quebras de sigilo bancário e fiscal, além de interceptações telefônicas. Em depoimentos, testemunhas detalharam como os envolvidos manipulavam licitações e repassavam valores milionários a empresas ligadas ao grupo criminoso.
Desdobramentos do caso
Após sua prisão, Alexsuel Rodrigues ficou detido temporariamente, enquanto as investigações avançavam. Já o então prefeito de Coari, Adail Filho, chegou a ser considerado foragido antes de se entregar às autoridades. Desde então, o caso segue como um dos maiores escândalos de corrupção já registrados no interior do Amazonas, envolvendo políticos, empresários e servidores públicos.
Seis anos depois, os impactos da Operação Patrinus ainda são sentidos, e as investigações continuam trazendo à tona novos desdobramentos sobre a rede de corrupção que atuava em Coari.