Brasil – Os poucos leitos, a situação limite de uso de oxigênio e a transferência de pacientes para outros estados dão o tom da situação precária no tratamento contra a Covid-19 na região Norte do país.
O número de hospitalizações aumentou na região oeste do Pará, na divisa com o Amazonas, poucos dias após a saúde pública ter entrado em colapso em Manaus. As internações superaram a oferta de oxigênio das prefeituras.
Municípios como Faro, Oriximiná e Juruti enfrentaram falta de insumos neste mês. Desde o fechamento da divisa entre o Pará e o Amazonas, no dia 14, iniciou-se uma força-tarefa para reverter o quadro.
Atualmente, não há mais déficit de oxigênio. A empresa White Martins, responsável pelo abastecimento, diz que a produção no Pará é de 58 mil metros cúbicos por dia.
Na terça, chegaram a Santarém 1.800 metros cúbicos. Uma míni usina de oxigênio foi instalada na cidade de Oriximiná, para atender a demanda dos municípios da região, com capacidade de produção de 26 metros cúbicos por hora.
O prefeito de Oriximiná, William Fonseca (PRTB), diz que a situação melhorou. A prefeitura comprou a usina assim que os casos dispararam na região, mas ela demorou para chegar por conta da logística na Amazônia.
O aparelho tem permitido que a cidade apoie a rede hospitalar de Óbidos e Monte Alegre. A usina foi batizada com o nome de Cassiana Santos Madeira, enfermeira do município que morreu em decorrência do coronavírus.
Em Juruti, os leitos de UTI esgotaram na primeira semana de janeiro. O pai de Urias Braga estava intubado haviahá 16 dias quando morreu na quarta (27). Ele esteve internado em Juruti, usando apenas ventilador pulmonar, até ser transferido de avião para Itaituba.
“Também tive a doença mas só com sintomas leves. Fizemos o possível por ele. O que me conforta é saber que meu pai era um homem temente a Deus e agora descansa ao lado dele”, diz Braga.
Fonte: Notícias ao Minuto


