Arnaldo Jabor, jornalista e cineasta, morre aos 81 anos em São Paulo após AVC

O cineasta, cronista e jornalista Arnaldo Jabor, de 81 anos, morreu na madrugada desta terça (15) em São Paulo. Ele estava internado desde dezembro do ano passado no Hospital Sírio-Libanês, na região central da cidade, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).

A informação foi confirmada pela família nas redes sociais. “Jabor virou estrela. Meu filho perdeu o pai. E o Brasil perdeu um grande brasileiro”, escreveu Suzana Villas Boas.

Arnaldo Jabor teve extensa carreira dedicada ao cinema, à literatura e ao jornalismo.

Jabor dirigiu “Eu sei que vou te amar” (1986), indicado à Palma de Ouro de melhor filme do Festival de Cannes. É colunista de telejornais da TV Globo desde 1991.

No cinema, dirigiu sete longas, dois curtas e dois documentários. Também era cronista e jornalista.

Formado no ambiente do Cinema Novo, Jabor participou da segunda fase do movimento, um dos maiores do país, conhecido por retratar questões políticas e sociais do Brasil inspirado no neorrealismo italiano e na nouvelle vague francesa.

Mesmo antes de se tornar um premiado diretor e roteirista, já mostrava paixão pela sétima arte. Foi também técnico sonoro, assistente de direção e crítico de cinema. Ele se formou pelo curso de cinema do Itamaraty-Unesco em 1964.

Um dos expoentes do movimento do Cinema Novo, focado em analisar a realidade do Brasil, Jabor foi responsável por sucessos de bilheteria como “Toda Nudez Será Castigada” (1973), premiado com o Urso de Ouro no Festival de Berlim, e “O Casamento” (1975), ambos baseados em obras de Nelson Rodrigues.

O cineasta deixa uma filha, Carolina Jabor, que também atua como diretora e produtora audiovisual.