Brasileiros abrem as portas de casa para receber refugiados da guerra na Ucrânia

Em Prudentópolis – a ‘Pequena Ucrânia’ do Brasil -, as pessoas aguardam ansiosamente a chegada de um grupo de 29 refugiados de guerra, incluindo 17 crianças.

O grupo, que chegou ao Paraná no domingo, está em quarentena depois que as autoridades de saúde brasileiras disseram que não haviam cumprido os protocolos de saúde necessários antes de chegar.

Eles devem ficar em quarentena por 15 dias na capital do estado, Curitiba, antes de viajar para Prudentópolis – um município onde 75% da população tem ascendência ucraniana.

As igrejas locais irão ajudá-los a se estabelecer nas proximidades de Guarapuava até que um projeto habitacional seja concluído em Prudentópolis.

Os ucranianos começaram a chegar ao Brasil em 1895 e em 1946, logo após a Segunda Guerra Mundial, eventualmente se estabelecendo em Prudentópolis e cidades vizinhas, atingindo uma população de mais de 52 mil.

A cidade é pontilhada de igrejas ortodoxas e escolas que funcionam na língua ucraniana, exibindo as bandeiras nacionais do Brasil e da Ucrânia.

Na escola São José, os professores têm discutido o conflito em sala de aula e têm procurado dar às crianças a esperança de que a guerra acabará um dia.

“Quero saber como é a Ucrânia e como será depois da guerra se a Ucrânia vencer”, disse Vitor Eduardo Deczka, um estudante de 9 anos que usa um coração de papel com as cores da bandeira ucraniana.

Vitor mora na vila de Barra Vermelha, onde residem outras 150 famílias de ascendência ucraniana.

Sua família disse que a região está ansiosa para fornecer refúgio para seus compatriotas.

“Eles serão bem-vindos aqui”, disse a tia de Vitor, Márcia Deczka. “Já aconteceu com a gente no passado, e agora as condições de vida (na comunidade) são melhores, então as pessoas vão ajudar.”

Com informações do ISTOÉ