Caso Henry: Justiça não autoriza Monique deixar cadeia e ir ao enterro do pai, morto por Covid-19

Na manhã desta terça-feira (13), o pedido feito pela defesa de Monique Medeiros da Costa  Silva, mãe do menino Henry, para ela deixar o Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói, na Região Metropolitana do estado, para ir ao enterro do seu pai, que morreu por complicações da Covid-19, foi negado.

A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) responsável pelo indeferimento justificou que o protocolo para quem morre deCovid-19 é de não haver velório, e também pelo termo assinado pela professora ao entrar no sistema prisional, em 8 de abril, dando conta de seu receio a integridade física, sendo, por isso, “altamente desrecomendada” sua exposição a ambiente coletivo

O sepultamento do funcionário civil da Aeronáutica Fernando José Fernandes da Costa e Silva, avo de Henri Borel, foi no cemitério do Murundu, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, às 14h.

Monique está presa preventivamente e, assim como o namorado, o médico e ex-vereador Jairo de Souza Santos, o Dr. Jairinho, pela acusação de torturas e homicídio qualificado contra Henry, fraude processual e coação no curso do processo.

Ao idoso, a quem a ela identifica como “papy”, ela escreve, à 1h18 de 15 de março: “Devo merecer o que está acontecendo. Tudo foram escolhas minhas. Agora estou colhendo. Me sinto muito culpada.” O pai então responde: “Todos nós erramos.” E Monique argumenta: “Eu deveria ter colocado ele na cama dele que era mais baixa. Deveria ter dormido no quartinho dele com ele”. E Fernando rebate: “Nada acontece se Deus não permitir.”