CoronaVac tem eficácia de 78% em testes feitos no Brasil

Os estudos sobre a vacina da farmacêutica chinesa Sinovac, que está sendo desenvolvida no Brasil em parceria com o Instituto Butantan, comprovaram proteger 78% as pessoas, contra a doença causada pelo coronavírus. O anúncio foi feito pelo Governo de São Paulo, nesta quinta-feira (07).

O governo também informou que a vacina garantiu a proteção total (100%) contra mortes, casos graves e internações nos voluntários vacinados que foram contaminados.

A pesquisa feita no Brasil aconteceu em duas etapas e já haviam atestado que a CoronaVac é segura e produz uma resposta do sistema imunológico.

A fase 3 da pesquisa investigava se ela de fato impedia que uma pessoa ficasse doente ao ser infectada pelo Sars-Cov-2.

No dia 15 de dezembro do ano passado, o governo paulista pretendia divulgar preliminarmente uma análise sobre a eficácia, entretanto concluiu que já tinha condições de fazer uma análise completa dos resultados, porque já tinha ao menos 170 voluntários com casos de covid-19 confirmados, e adiou o anúncio para janeiro.

Baseado nesses resultados, o governo paulista e o Butantan devem enviar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ainda nesta quinta, o pedido de autorização para o uso emergencial e o registro definitivo da vacina no país. A previsão é de que os dados sejam analisados em dez dias.

Para que se dê início o plano de vacinação no Estado de São Paulo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), precisa autorizar, e, simultaneamente, a Sinovac deverá pedir o registro da vacina à Administração Nacional de Produtos Médicos, a equivalente da Anvisa na China. A expectativa é que o registro seja concedido em três dias.

A previsão inicial é  25 de janeiro.

Portanto, a agência brasileira, deverá conceder autorização “excepcional e temporária” para medicamentos considerados essenciais no combate à pandemia que tenham sido registrados pela agências do Japão, da China, dos Estados Unidos ou da Europa, conforme a  Lei 13.979.

Após o pedido ser feito à agência brasileira, a concessão deverá ocorrer em até 72 horas.  Caso a Anvisa não se manifeste, isso ocorre automaticamente. O prazo normal para análise de registro permanente de vacinas contra a covid-19 é de até 60 dias.

Esse trecho da lei chegou a ser vetado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas o veto foi derrubado pelo Congresso Nacional.

O entendimento da lei foi ratificado pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu uma liminar neste sentido em 17 de dezembro. A questão ainda será apreciada pelo plenário da Corte.