Delegado da PF viaja a Noronha em missão policial e aparece curtindo férias com amigos

Um delegado da Polícia Federal lotado no gabinete do diretor-geral da PF, Paulo Gustavo Maiurino, viajou para Fernando de Noronha em missão oficial, mas tem curtido o destino paradisíaco na companhia de amigos.

Eduardo Benevides Bomfim desempenha suas funções regulares em Brasília. A viagem de um mês para o arquipélago de Pernambuco tem passagens e diárias pagas com recursos públicos.

Na legenda de uma imagem postada em perfil pessoal no Instagram, o delegado usou parte da música Another Day In Paradise (outro dia no paraíso, em tradução livre), de Phil Collins. O trecho utilizado pelo delegado na imagem diz: “Pense duas vezes, porque é outro dia para você e eu no paraíso”, referindo-se ao arquipélago, que tem algumas das paisagens mais admiradas do Brasil.

Uma outra publicação, feita por um dos amigos do servidor, mostra foto do delegado e mais quatro amigos de sunga em uma embarcação. A legenda diz: “Equipe Noronha”.
Formado em direito, Eduardo Benevides Bomfim é especialista em Ciências Penais. Ele entrou na Polícia Federal como delegado em 2008.

Apesar de o policial estar oficialmente a serviço, ele tem reservado boa parte de seu tempo para realizar passeios de barco, mergulhos, curtir as praias e assistir ao pôr do Sol no Mirante do Boldro, sempre ao lado de amigos que também estão em Fernando de Noronha.

O que diz a PF

A PF possui um posto em Fernando de Noronha desde 2007. Policiais da corporação são enviados a serviço para o local a fim de cumprirem missões temporárias, principalmente voltadas para o combate a crimes ambientais.

À coluna Grande Angular a Polícia Federal confirmou que o delegado Eduardo Benevides Bomfim está em missão desde o dia 2 de agosto de 2021, no Posto Avançado da Polícia Federal localizado no arquipélago. A missão termina em 3 de setembro.

“Assim como os demais policiais que são escalados para atuarem temporariamente no território, ele trabalha diretamente no controle migratório e na repressão a crimes ambientais e tráfico de drogas, além de prestar apoio institucional aos demais órgãos federais de fiscalização”, disse a PF.

Assinalou ainda que “a escala de trabalho de todos os policiais atende às particularidades do local e às necessidades do posto, sobretudo em razão do controle migratório de turistas e acionamentos eventuais que ocorrem a partir da prática de crimes”.

Por fim, a corporação pontuou que “a Polícia Federal é responsável pelo custeamento de passagens e diárias somente de seus servidores, conforme estabelece o Decreto nº 5.992, de 19 de dezembro de 2006, que dispõe sobre o assunto no âmbito da administração federal”. A corporação, porém, não revelou quanto custaram as passagens e diárias de Bomfim.