Deputados pedem investigação de policiais que prenderam militantes por faixa “Bolsonaro Genocida”

Deputados do Distrito Federal pediram nesta quinta-feira, 25, que o Ministério Público do DF investigue os policiais que prenderam estudantes e ativistas pelo uso da faixa “Bolsonaro Genocida”. Os deputados Fábio Félix (PSOL) e Arlete Sampaio (PT) são os responsáveis pela ação.

Após os manifestantes serem levados levados para a sede da Polícia Federa sob a suspeita de que podem ser enquadrados na Lei de Segurança Nacional (LSN), foram imediatamente liberados, por haver incoerência na relação do protesto com essa lei.

A faixa, além de chamar Bolsonaro de genocida, também carregava uma charge que também foi alvo de ataques do governo, através do ministro da Justiça, André Mendonça

Os parlamentares pediram que os policiais sejam investigados por abuso de autoridade e improbidade administrativa.

“A censura e a repressão aos protestos e meios de imprensa são expedientes definidores de governos autoritários. Por meio do cerceamento de ideias e da punição das críticas, os autocratas pretendem se perpetuar no poder e fazer prevalecer a noção de que seu governo é imune a críticas”, escreveram Félix, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa, e Sampaio.

Eles alegam que o protesto não tinha potencial algum para provocar dano à “integridade territorial e a soberania nacional, o regime representativo e democrático, a Federação e o Estado de Direito, ou mesmo à pessoa dos chefes dos Poderes da União”.

Em Uberlândia, mais de 25 jovens estão sendo convocados à delegacias da cidade por críticas a Bolsonaro nas redes sociais e enquadrados na LSN.