“Essa luta agora é minha”, diz mãe de jovem gay executado após encontro

A mãe de Leonardo Rodrigues Nunes, encontrado morto na última quinta-feira (13/6) após ser baleado na região do Sacomã, zona sul de São Paulo, declarou neste sábado (15/6) que buscará Justiça por seu filho.

Em uma publicação nas redes sociais, Adriana Rodrigues afirmou que “essa luta agora é minha”. Ela descreveu Leonardo como uma pessoa maravilhosa e um “ser humano iluminado”.

No velório de Leonardo, ocorrido neste sábado, o pai do jovem, Aurélio Nunes, também se manifestou, afirmando que seu filho foi morto por ser homossexual.

“Ele morreu porque era gay. Você não vê ódio contra héteros. Você não vê ódio contra brancos. Você não vê ódio contra ricos. Mas vê ódio contra pretos, contra pobres, contra gays”.

Morto após encontro

Leonardo foi encontrado morto na quinta-feira (13/6) depois de sair para encontrar um homem que conheceu no aplicativo de relacionamento Hornet.

Ele saiu de casa na região do Cambuci, centro da capital, por volta das 23h da quarta-feira (12/6), Dia dos Namorados. Leonardo compartilhou sua localização com um amigo por precaução e informou um possível horário de retorno.

Quando Leonardo parou de responder às mensagens, seus amigos começaram a investigar o perfil do homem com quem ele havia marcado o encontro e perceberam que o perfil havia sido deletado. Na manhã seguinte, os amigos encontraram Leonardo no Hospital Ipiranga, já sem vida, e o reconheceram por meio de fotos.

Outros usuários relatam emboscadas

Na rede social X, um jovem identificado como Bruno Marcelo relatou uma situação semelhante. Ele contou que o suposto pretendente, que conheceu pelo aplicativo, pagou um motorista de aplicativo para levá-lo ao local combinado. Ao chegar, descobriu que o endereço não existia. Bruno afirmou que foi alvo de um disparo de arma de fogo.

“Cara, eu abri para pouquíssimas pessoas, mas eu passei pelo mesmo há poucas semanas. Juro que a sensação é HORRÍVEL, HORRÍVEL. O bofe passa o WhatsApp, oferece pagar Uber e quando você chega lá, o endereço não existe. Jamais vai sair da minha cabeça o som da bala na minha direção”, disse Bruno.