Exército libera militares aquartelados por furto de metralhadoras

Retidos no quartel de Barueri desde 10 de outubro, sete militares suspeitos de terem participado do furto de 21 metralhadoras do Exército foram liberados, segundo informou a corporação nesta terça-feira (24). Eles estavam aquartelados no Arsenal de Guerra junto de mais outros investigados pelo desaparecimento das armas ocorrido no feriado do 7 de setembro.

Em nota, o Comando Militar do Sudeste (CMSE) declarou que não há mais aquartelados na base de Barueri. No período em que ficaram no quartel, eles prestaram depoimento sobre o sumiço das armas e tiveram seus celulares confiscados. Agora, eles poderão trabalhar e retornar para as suas casas.

Inicialmente, o Exército aquartelou um total de 480 militares, liberados gradativamente. Chegou-se, então, ao nome de ao menos 20 suspeitos de terem participado do sumiço. Eles serão investigados e podem responder por furto, peculato, receptação e extravio.

– O Comando Militar do Sudeste (CMSE) informa que, em razão da evolução das investigações, o Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP) não está mais na situação de sobreaviso, ou seja, não existe mais nenhum efetivo aquartelado. Todos os militares da Organização Militar cumprem o expediente normalmente. No contexto da apuração criminal, os possíveis crimes cometidos, à luz do Código Penal Militar, são: furto; peculato; receptação; e desaparecimento, consunção ou extravio. A qualificação dos crimes compete ao Ministério Público Militar. Paralela à apuração criminal, na esfera disciplinar, as possíveis punições são: advertência; impedimento disciplinar; repreensão; detenção disciplinar; e prisão disciplinar (até 30 dias) – disse o CMSE.

Criminalmente, os responsáveis podem pegar penas que variam de 1 a 38 anos de prisão.

Até o momento, 17 das 21 metralhadoras que desapareceram foram recuperadas. Oito delas estavam abandonadas em um carro no Rio de Janeiro. As outras nove estavam em São Roque (SP), guardadas por dois suspeitos que chegaram a trocar tiros com a polícia e escapar logo depois, deixando as armas em um lamaçal.

Fonte: Pleno news