A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou que todos os 41 medicamentos do programa Farmácia Popular agora são distribuídos gratuitamente em estabelecimentos credenciados. A ampliação inclui dez novos remédios para tratar colesterol alto, doença de Parkinson, glaucoma e rinite, além dos já oferecidos para diabetes, hipertensão, asma, osteoporose e anticoncepção.
Entre as novidades, fraldas geriátricas agora são fornecidas gratuitamente para pessoas com 60 anos ou mais, e a dapagliflozina, usada no tratamento de diabetes associada a doenças cardiovasculares, também foi incorporada. Segundo a ministra, a medida amplia o acesso a medicamentos essenciais, especialmente em regiões remotas.
Lista de medicamentos gratuitos:
- Asma: brometo de ipratrópio, dipropionato de beclometasona, sulfato de salbutamol.
- Diabetes: cloridrato de metformina, glibenclamida, insulina humana.
- Hipertensão: atenolol, losartana potássica, hidroclorotiazida, captopril, entre outros.
- Anticoncepcionais: acetato de medroxiprogesterona, etinilestradiol + levonorgestrel, valerato de estradiol + enantato de noretisterona.
- Osteoporose: alendronato de sódio.
- Dislipidemia: sinvastatina.
- Doença de Parkinson: carbidopa + levodopa, cloridrato de benserazida + levodopa.
- Glaucoma: maleato de timolol.
- Rinite: budesonida, dipropionato de beclometasona.
- Dignidade menstrual: absorventes higiênicos para pessoas em situação de vulnerabilidade e estudantes da rede pública.
- Fralda geriátrica: para quadros de incontinência.
- Diabetes associada a doença cardiovascular: dapagliflozina.
Expansão do programa
O governo também anunciou um novo credenciamento para farmácias privadas em 758 cidades ainda não atendidas pelo programa. Segundo Nísia Trindade, essa medida busca corrigir deficiências da gestão anterior e garantir acesso mais amplo aos medicamentos.
Criado em 2004, o Farmácia Popular atende 85% dos municípios brasileiros, com cerca de 31 mil estabelecimentos credenciados. Em 2024, o orçamento do programa chegou a R$ 3,6 bilhões, com previsão de R$ 4,2 bilhões para 2025, um aumento de 69% em relação a 2022. O número de beneficiários cresceu quase 20% entre 2022 e 2024, passando de 20,7 milhões para 24,7 milhões de pessoas atendidas.
