Filha de piloto morto em acidente com Marília Mendonça diz que vai processar Cemig

BRASIL – A filha do piloto Geraldo Martins de Medeiros Júnior, que transportava a cantora Marília Mendonça para Caratinga-MG no momento do acidente que tirou a vida de ambos e de mais três pessoas, disse nessa quarta-feira (17) que vai processar a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). O avião pilotado por Geraldo atingiu um cabo de uma torre de distribuição da Cemig antes de cair.

Segundo Vitória Medeiros, 19 anos, filha de Geraldo, o local não estava devidamente sinalizado. “Se tivesse essa sinalização, tudo poderia ser diferente e isso vai ser importante principalmente para proteger a vida de outras pessoas caso haja uma emergência”, disse a jovem, nas redes sociais.

Filha mais velha de Geraldo, Vitória já havia registrado mensagem emocionante dias após a morte do pai. “Seu abraço é o melhor e mais cheiroso do mundo. Sou infinitamente grata por ter permanecido no seu abraço e aproveitado cada um, muito, nos últimos três meses, e eu nem imaginava o que ia acontecer. Já está fazendo imensa falta. És o meu tudo. Meu maior medo era te perder, agora já não tenho mais medo de nada. Estamos juntos sempre.”

Em nota, a Cemig informou que “a Linha de Distribuição atingida pela aeronave prefixo PT-ONJ, está fora da zona de proteção do Aeródromo de Caratinga, nos termos de Portaria específica do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), do Comando da Aeronáutica Brasileiro”.

O acidente ocorreu no dia 5 de novembro. O avião partiu de Goiânia com destino a Caratinga, onde Marília tinha show. A queda do avião tirou a vida da cantora; do tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho; do produtor Henrique Ribeiro (Bahia); do piloto Geraldo Medeiros Júnior; e do copiloto Tarciso Pessoa Viana.

O piloto e o copiloto viviam em Brasília. Geraldo deixou esposa e três filhos; Tarciso deixou dois filhos e a esposa grávida.