
O governo federal firmou acordos com as companhias aéreas Azul e Gol, perdoando a maior parte das dívidas bilionárias que ambas tinham com a União. Do total de R$ 7,8 bilhões, R$ 5,8 bilhões foram perdoados, e o restante será pago em até 120 parcelas.
A Azul, que devia R$ 2,8 bilhões, pagará R$ 1,1 bilhão, enquanto a Gol, com uma dívida de R$ 5 bilhões, desembolsará R$ 880 milhões. Além disso, R$ 49 milhões já pagos pela Gol anteriormente serão incorporados ao montante destinado aos cofres públicos.
Segundo a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), os descontos consideraram a carteira de débitos, as garantias apresentadas e a capacidade de pagamento de cada empresa. Os pagamentos começarão cerca de 30 dias após a formalização dos acertos.
Os acordos foram concluídos em 31 de dezembro de 2024. Outras companhias aéreas também foram beneficiadas, como a Varig, que após negociações reduziu sua dívida para R$ 575 milhões.
O Procurador-Geral de Dívida Ativa e FGTS, João Grognet, explicou que o mecanismo foi uma alternativa para recuperar parte de valores que dificilmente seriam pagos de outra forma, além de impulsionar a economia nacional.
“O setor aéreo tem uma relevância nacional significativa. O turismo nacional, por exemplo, depende amplamente dos voos domésticos, o que fomenta a circulação de dinheiro, gera empregos, renda e maior rentabilidade para o país”, afirmou.