Governo federal autoriza o uso de mais 57 agrotóxicos e similares

Do Metrópoles

O Ministério da Agricultura aprovou o registro de seis novos agrotóxicos, 41 genéricos — quando o princípio ativo já existia no mercado — e 10 defensivos biológicos e orgânicos. As informações foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (03/10/2019). Esta é a segunda autorização em dois meses.

Com isso, chega a 24 o número de produtos biológicos e orgânicos registrados em 2019. Desde o início do ano, o total de registros concedidos é de 382, informou a pasta em nota.

O Ministério da Agricultura defende a aprovação dos produtos e reforça que, “nos últimos anos, diversas medidas desburocratizantes foram adotadas para que a fila de registros de defensivos ande mais rápido no Brasil”.

“O objetivo é aprovar novas moléculas menos tóxicas e mais ambientalmente corretas e assim substituir os produtos antigos, além da liberação de produtos genéricos. Pela lei, nenhum produto atual pode ser registrado com toxicidade maior do que os existentes no mercado”, destaca o texto.

A nota do ministério explica ainda que os seis agrotóxicos registrados agora são formulados com base em ingredientes ativos novos. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, tem ressaltado a importância de se aprovarem moléculas novas de defensivos agrícolas, por serem menos tóxicos e mais seguros.

Entre os pesticidas aprovados, está um produto para o controle da larva-alfinete, praga da batata, contra o ácaro-rajado, praga que ataca soja, feijão, milho e algodão.

Aumento
No mês passado, o Metrópoles mostrou que o Brasil permite a venda de 2.210 agrotóxicos formulados (para agricultores) e 1.647 técnicos (de uso industrial). Em nove meses, sob o comando do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o número aumentou 15%.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento autorizou a comercialização de 353 produtos do tipo no período. Em setembro, o governo registrou mais 63 novos agrotóxicos.

As liberações deste ano ultrapassaram o volume do mesmo período de 2018, quando houve 305 registros, segundo levantamento do Greenpeace Brasil. A série histórica da pasta mostra que os números da gestão Bolsonaro são os mais altos em 14 anos, desde quando os dados passaram a ser contabilizados, em 2005.