Governo quer arrecadar até 4 bilhões com venda de ações que não sabia que tinha

A União que está com dificuldades em privatizar estatais, por isso pretende vender as ações minoritárias que possui em 57 empresas, no decorrer deste ano. O valor estimado é de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões e a posse dessas ações eram desconhecidas. .Essas informações foram divulgadas pelo Estado de São Paulo, neste sábado (18).

Esse levantamento durou cerca de cinco meses. Entre as empresas que o Governo tem participação estão: Banco Santander, Itaú Unibanco, Tim, Vivo e Embraer (fabricante de aviões). O governo também possui ações em algumas empresas de capital fechado que, de acordo com o secretário de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, será mais difícil de entrar em acordo.

Essas ações serão incluídas no primeiro lote através do (Programa Nacional de Desestatização) PND no primeiro semestre desse ano. Existe a possibilidade do governo fazer uma oferta conjunta pelas ações de venda mais rápido.

“Iremos vender tudo”, relatou Mattar. “Estamos precisando de dinheiro e recursos. Preferimos ter menos dívida do que pagar juros”.

Entre as ações que o governo “menosprezava “, está a participação de 14 empresas via FI-FGTS – fundo de investimentos que aplica uma parcela do FGTS em obras de infraestrutura. O fundo é administrado pela Caixa Econômica Federal e está envolvido em casos de corrupção.

O Ministério da Economia pretende divulgar mês que vem o primeiro balanço com o valores de cada empresa, junto com todos os ganhos e perdas do governo nas operações do fundo.

Estatais

O secretário ainda afirmou que a Petrobrás não será vendida, nem o Banco do Brasil e nem a Caixa Econômica , mas o ministério irá se desalinhar de empresas subsidiárias ao longo deste ano. Por exemplo, a Petrobrás espera vender a Gaspetro e sair da distribuição de gás natural a partir do segundo semestre deste ano.

Já a EPL (Empresa de Planejamento e Logística) continuará mantida por tempo indeterminado , informou o Ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. A empresa está elaborando projetos para acelerar as concessões – Freitas quer finalizar com pelo menos 79 concessões ainda este ano. Salim relatou que “faz sentido postergar a venda” da EPL, mas que não descarta a possibilidade término da empresa.