Mãe que torturou filha até à morte dizia que amava a menina na internet

Brasil – Gilmara Oliveira de Farias, que torturou a filha, Ketelen Vitória da Rocha, de 6 anos, por três dias junto com a madrasta, Brena Luane Barbosa Nunes, intercalava as sessões de agressão com postagens nas redes sociais em que dizia amar a menina, que morreu na madrugada deste sábado (3) com uma parada cardiorespiratória por complicações da sessão de tortura que foi submetida no fim de semana anterior.

Em entrevista ao jornal Extra, a mãe da madrasta diz que as agressões eram recorrentes e que Gilmara pedia para Brena bater na menina, “ou então as duas batiam”. Entre as sessões de tortura, a mãe postava fotos nas redes sociais e fazia declarações de amor à criança. “Você veio para mudar minha vida e me transformar nessa grande mulher”, “Te amo, filha”, diziam as publicações no Facebook.

“As duas são culpadas (pela morte da menina). Tanto a mãe quanto a madrasta. Gilmara mandava Brena bater na menina, ou então as duas batiam. Deixavam a menina sem comer; eu dava café, pipoca e guaraná escondido. E não criei filha para matar criança, não. Elas têm que pagar pelo que fizeram”, diz a mulher, mãe de Brena.

Tortura

Ketelen foi levada para o Hospital Municipal São Francisco de Assis, na cidade de Porto Real, na Baixada Fluminense, na última segunda-feira (19), após ser espancada e submetida a sessões de tortura durante todo o final de semana na própria casa onde a família morava, no Jardim das Acácias, na cidade de Porto Real, na Baixada Fluminense.

Gilmara e Brena confessaram as agressões e foram presas em flagrante pelo crime de tortura na 100ª DP de Porto Real. Na quarta-feira (21), a Justiça decretou a prisão preventiva das duas.

Na decisão, o juiz Marco Aurélio da Silva Adania relata a gravidade das lesões provocadas por “socos e chutes por diversas vezes”, além de a vítima ter sido “arremessada contra a parede e contra um barranco de 7 metros de altura, e de ser chicoteada com um cabo de TV”, sendo submetida a “intenso sofrimento físico e psicológico”.

Via: Revista Fórum