Um adolescente de 12 anos chocou seus familiares e a própria polícia ao confessar tem matado a menina Raíssa Eloá Caparelli Dadona, de 9 anos, no Parque Anhanguera, em São Paulo, no domingo (29).
O menino confessou ter usado um galho de árvore para matar a menina.
Raíssa foi encontrada morta na tarde de domingo no Parque Anhanguera, na região de Perus, Zona Norte de São Paulo, após desaparecer em uma festa em um Centro Educacional Unificado (CEU) municipal na região, onde estava com a mãe e o irmão mais novo.
O delegado que está cuidando do caso não descarta a possibilidade de que outra pessoa possa ter participado do crime.
Segundo o depoimento do menino, ele teria começado a bater em Raíssa antes de chegar até a árvore em que foi encontrada. O galho utilizado no crime foi apreendido.
“Se eu pudesse falar apenas uma palavra: é uma tragédia. Uma tragédia para uma menina de 9 anos que tinha autismo, que frequentava o CEU porque havia festas gratuitas, era de família humilde. E é uma tragédia para a família do menino de 12 anos”, disse o delegado que está cuidado da investigação e que tem 34 anos de polícia.
Ainda há laudos para serem concluídos e testemunhas para serem ouvidas
De acordo com o delegado, a investigação tem prosseguimento, mas foram obtidas várias informações da presença do adolescente de 12 anos na cena do crime, além da confissão dele.
Desde o registro do boletim de ocorrência houve contradições no depoimento do menino. No início ele disse que andava por uma trilha e viu a menina enforcada em uma árvore e avisou a Guarda Civil Metropolitana. A mãe do menino levou ele novamente a delegacia, e no segundo depoimento ele afirma que havia um homem em uma bicicleta verde com várias tatuagens.
Os primeiros indícios de conflitos com as informações passadas pelo menino aparecem quando a polícia conseguiu um vídeo onde o menino e a vítima aparecem de mãos dadas.
Em outra versão o menino afirma que ele e Raíssa teriam saído de ônibus, mas as imagens mostram que foram juntos a pé.
Com a mãe na delegacia o menino confessou ter participado do crime mas não deu explicação sobre o motivo, apenas disse que brincaram um pouco, depois ele a agrediu, empurrou em uma árvore e laçou o pescoço dela.
Em depoimento dado às 2h da madrugada o menino desmentiu que havia uma outra pessoa na hora do crime.
Os objetos apreendidos no local do crime estavam na mochila que ele aparece carregando no vídeo. Foram encontrados uma toalha cor de rosa, uma meia masculina e um fio dentro da mochila. A camisa que o menino usava no momento do crime também foi apreendida.
Em depoimento o menino ainda descreve como matou Raíssa. Ele bateu nas pernas e no rosto dela e a amarrou ainda inconsciente. O delegado informou que o Instituto Médico Legal está coletando as informações necessárias para concluir a causa da morte e se houve violência sexual.
