Recebeu alta médica na quarta-feira (3), o menino de 11 anos encontrado acorrentado e nu dentro de um barril, no último sábado (30), em Campinas, no estado de São Paulo.
A criança estava internada por conta do estado de desnutrição e desidratação em que foi encontrada. Assim que saiu do hospital, o menino foi encaminhado para um serviço de acolhimento da cidade e até o momento a guarda ainda não foi definida, mas existe a possibilidade dele ficar sob os cuidados dos tios. Entretanto, antes da decisão, a família terá de passar por uma avaliação.
Os três acusados (pai, madrasta do garoto e a filha da mulher) foram presos por determinação da Justiça e devem responder por tortura e omissão.
O menino foi encontrado em condições de extrema violação de direitos fundamentais e o caso teve repercussão nacional, portanto, o Ministério Público de São Paulo instaurou, na segunda-feira (1°), um procedimento para investigar uma eventual falha da rede de proteção nos atendimentos prestados ao menino.
O garoto foi socorrido pela Polícia Militar, passou por avaliação médica e foi submetido aos cuidados do Conselho Tutelar. Ele estava acorrentado pelas mãos e pelos pés e preso dentro de um tonel de tinta. A criança era torturada e agredida sem poder chorar.
“É só porque eu pegava as coisas para comer sem pedir para a minha mãe e meu pai. Meus irmãos podem pegar as coisas sem pedir, eu não”, disse o garoto quando foi resgatado.
