Mulher leva idoso morto em “cadeira de rodas” para sacar benéfico


Brasil – A Polícia Civil de Campinas (93 km de SP) investiga uma mulher que levou um idoso morto, a uma agência bancária, para tentar sacar o benefício dele. A tentativa de fraude contra a previdência do estado de São Paulo ocorreu no último dia 2 de outubro. A mulher havia levado o cadáver em uma cadeira de rodas.


Entenda


Ao chegar na agência, segundo relatado pelos guardas à polícia, uma equipe de bombeiros civis já atendia o idoso, que chegou ao local, por volta das 10h, em uma cadeira de rodas, empurrada pela mulher de 58 anos, que se identificou como companheira dele, e afirmou estar desempregada.
Em seguida, ainda de acordo com os GCMs, uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), também chegou à agência e socorreu à vítima. Um dos socorristas levantou dúvidas sobre a morte do policial aposentado, “que aparentava estar morto há mais tempo, devido ao estado cadavérico em que se encontrava e ao inchaço dos pés”, diz trecho de boletim de ocorrência.
A mulher que acompanhava o escrivão aposentado afirmou à polícia manter uma união estável com ele, há cerca de dez anos. Ela teria dito aos guardas, segundo registrado pelo 1º DP, que levou o companheiro ao banco porque ela movimentava as contas do idoso. Porém, a desempregada alegou ter perdido a senha de letras do companheiro, com a qual receberia a aposentadoria – cujo valor não foi informado.
Ao chegar na agência, a desempregada teria tentado ser atendida rapidamente, passando a afirmar que o idoso estava passando mal, fazendo com que testemunhas acionassem o Samu.
Resposta A Spprev (São Paulo Previdência), da gestão João Doria (PSDB), afirmou contar com um núcleo de investigações previdenciárias com o qual detecta e investiga casos de supostas fraudes previdenciárias. “Todos os pensionistas e aposentados civis e militares devem manter seu cadastro atualizado para continuar recebendo os benefícios”, diz trecho de nota.


O órgão acrescentou que o recadastramento deve ser feito, obrigatoriamente, pelo próprio pensionista e aposentado civil e militar, uma vez ao ano, em seu mês de aniversário. A prova de vida por ser feita em qualquer agência do Banco o Brasil, ou em alguma agência presencial da Spprev. “No caso de pensionistas universitários, o recadastramento deverá ser realizado semestralmente, nos meses de janeiro e julho”, explicou.
Sobre o caso mencionado nesta reportagem, o órgão afirmou que o benefício “foi suspenso e será extinto.”
O banco do Brasil afirmou usar recursos como identificação do cliente, por meio de senhas, além de cartão e biometria para “mitigar o risco de fraudes nos pagamentos de benefícios previdenciários”. “O BB esclarece ainda que cumpriu com todos os protocolos no caso da ocorrência registrada em uma de suas agências em Campinas, o que inclui a apresentação de procuração ou a presença do beneficiário na agência”, afirma o banco em nota.
Fonte: Diário Online