
Um manuscrito encontrado na cela de Luis Alberto dos Santos Aguiar Junior, na Penitenciária de Presidente Venceslau (SP), revela um plano do PCC, denominado “resposta de sangue”, para realizar ataques a agentes públicos, manipular manifestações e desestabilizar o sistema prisional.
O documento menciona o uso da ONG Pacto Social & Carcerário como uma fachada para legitimar as ações da facção. Durante uma vistoria no pavilhão A, raio I, em 1º de novembro de 2023, agentes flagraram Luis Alberto tentando destruir provas, engolindo parte dos manuscritos, enquanto o restante foi apreendido e analisado.
As anotações indicam coordenadas entre líderes do PCC dentro e fora dos presídios, utilizando termos como “sintonia dos gravatas” e “apoio resumo da externa”. O plano incluía ataques a três “tiranos”, paralisações nos presídios e protestos coordenados por familiares e ONGs, com faixas contra o sistema penitenciário exibidas em locais estratégicos, como o Fórum João Mendes e a comunidade de Paraisópolis.
As investigações, conduzidas pela Operação Scream Fake, resultaram na prisão de 12 pessoas, incluindo a presidente e vice da ONG, e três advogados vinculados à facção, com mandados cumpridos em São Paulo e Paraná.