
O Partido dos Trabalhadores (PT) entrou com uma ação penal contra a cantora Jojo Todynho, acusando-a de mentir ao afirmar que teria recebido uma proposta de R$ 1,5 milhão para apoiar a candidatura de Lula durante a campanha eleitoral de 2022.
No documento, ao qual o Terra teve acesso, o PT classifica a declaração de Jojo como “mentirosa, desprezível e fútil”, argumentando que a artista teria o objetivo de “incitar ódio e desprezo público” contra o partido.
– A fala irresponsável, mentirosa e difamante da querelada tem o objetivo único de incitar o ódio e o desprezo público contra esta agremiação – afirma o texto do processo.
A defesa do partido também aponta que Jojo agiu “com dolo”, utilizando a internet para amplificar suas acusações:
– Não há qualquer motivo, sequer aparente, para justificar as ações da querelada. Ela simplesmente optou por exteriorizar afirmações gratuitas, de modo reprovável, desprezível e fútil – diz a ação.
O processo também critica o canal Brasil Paralelo, que veiculou a entrevista de Jojo no podcast Conversa Paralela. O PT acusa a plataforma de ser uma das “mais visíveis no campo político da extrema-direita” e de disseminar “desinformação e manipulação de informações com objetivos políticos e eleitoreiros”.
O QUE DISSE JOJO TODYNHO
No final de novembro, Jojo afirmou, durante o podcast Conversa Paralela, que recebeu uma proposta de R$ 1,5 milhão para fazer campanha para Lula em 2022.
– Me ofereceram R$ 1,5 milhão para fazer campanha quando o Lula veio candidato a presidente. E eu falei que não – disse a cantora.
Segundo Jojo, o convite foi feito durante um almoço organizado para tratar do assunto:
– Ligaram, marcaram um almoço, falaram que era um trabalho e, quando eu cheguei lá, era isso. Eu falei: “Desculpa, gente, não vai rolar” – revelou.
A cantora também acusou páginas de fofoca de terem recebido grandes quantias para promover a campanha:
– Se para mim foi R$ 1,5 milhão, imagine o quanto eles não ganharam e continuam ganhando – afirmou.