Setembro Amarelo: Risco de suicídio entre LGBTQIA+ é cinco vezes maior

Brasil – No Mês de Prevenção ao Suicídio torna-se importante também falar sobre o risco maior que a população LGBTQIA+ tem. Segundo as estimativas da Organização Mundial de Saúde, mais de 1,5 milhões de pessoas cometeram suicídio até 2020 e o Brasil é um dos 10 países com o maior índice nesse período.

Alguns estudos apontam ainda a maior vulnerabilidade de alguns grupos à ideação, tentativas e consumação de suicídio, como as pessoas LGBTQIA+. De acordo com Grupo Gay da Bahia, no ano de 2019, ocorreram 329 mortes violentas de LGBTQIA+ no país, sendo que 32 foram por suicídio, motivados principalmente pela LGBTfobia.

Segundo o Psicólogo Rodrigo Serrão, especializado em atendimento psicológico a essa população, as pessoas LGBTQIA+ crescem e se desenvolvem sabendo o que é rejeição e exclusão, seja por parte da sociedade, cultura e até mesmo dentro da família de origem, o que pode acarretar sérios problemas de autoestima e sintomas de ansiedade e depressão na fase adulta.

“A alta taxa de suicídio nessa população evidencia o grande sofrimento psíquico ligado diretamente a LGBTfobia, vindo principalmente de um ambiente hostil, cheio de discriminação, preconceitos e violências, sem contar as ameaças a direitos básicos e a falta de políticas públicas de saúde adequadas”.

Alguns dos mitos que envolvem o suicídio é considerá-lo como ato individual, mas muitos estudos e teorias apontam que as questões individuais estão muito envolvidas com o ambiente social e cultural em que as pessoas vivem, sendo assim, um fenômeno multifatorial e de complexa análise, pois é necessário considerar todas as experiências da pessoa ao longo de seu desenvolvimento.

Torna-se importante considerar o ato como problema de saúde pública, iniciativas como o Setembro Amarelo são fundamentais para que as discussões e reflexões sobre o tema sejam ampliadas e que possam atingir à população em geral para que se mantenha informada, longe de tabus e de Fake News.

Para o Psicólogo, falar sobre suicídio de maneira ética e responsável é o primeiro passo para que a prevenção seja eficiente. “Qualquer pessoa que esteja passando por um sofrimento psíquico, muitas vezes não compreende o que está acontecendo, então, toda e qualquer informação que chegue até ela pode ser uma oportunidade para que ela busque ajuda profissional”.

O Psicólogo também realiza atendimentos individuais e de grupo de forma remota e presencial com agendamento prévio. Para mais informações ou dúvidas sobre Saúde Mental LGBTQIA+, o Instagram do Psicólogo é @psi.rodrigoserrao.

Lembrando que se você está precisando de apoio emocional você pode ligar para 188 e falar diretamente com o CVV – Centro de Valorização da Vida.