Veterinária Bolsonarista burla fila e toma três doses de vacinas contra a Covid-19

Uma veterinária burlou o sistema de vacinação e tomou três doses de vacinas contra a Covid-19, na Grande São Paulo. Jussara Sonner foi vacinada com as duas doses da Coronavac em fevereiro e março na UBS Vila Fátima, em Guarulhos, e tomou a dose única da Janssen na UBS Uirapuru na quarta-feira (30) por vontade própria.

Nas redes sociais, Sonner publicou o comprovante das três doses e declarou que tomou a terceira dose para se sentir “mais protegida e viajar para onde quiser”.

“Sei que nenhuma vacina é totalmente segura porque não houve tempo para a realização de testes. Mas como no início do ano tomei a vacina estava bastante incomodada com isso. Esperei o tempo necessário – 3 meses- e hoje consegui tomar a Janssen. Me sinto mais protegida e com dose única estou liberada para viajar para onde quiser”, disse ela em rede social.

Quando questionada por uma outra pessoa na publicação como tinha conseguido burlar o sistema de vacinação, Jussara informou que foi até uma Unidade Básica de Saúde (UBS) que estava sem computadores para verificar se o nome dela já constava no sistema de vacinação.

“Uma sorte, anotaram meu nome em uma folha timbrada, quando cair no sistema já será tarde”, afirmou.

Nas postagens que faz nas redes sociais, Jussara Sonner declara voto no presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e compartilha memes contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), responsável pela chegada da Coronavac no Brasil.

Em nota, a Prefeitura de Guarulhos informou que “tomou conhecimento nesta manhã das postagens da médica veterinária e imediatamente determinou que o caso fosse enviado ao Ministério Público Estadual para que ela seja investigada”.

A prefeitura informou ainda que “não mede esforços para promover uma vacinação célere e eficiente, criando critérios objetivos para a contemplação de sua população. Mas não se pode fechar os olhos para abusos e fraudes que visem burlar esse sistema, ainda mais baseadas em motivações desprovidas de amparo científico que possam prejudicar grupos prioritários para a vacinação, como neste caso”.

*Com informações do G1.