Wesley Safadão e esposa negam acordo do MP-CE por furar fila da vacina contra a covid-19

Nesta quinta-feira, 28, Wesley Safadão, sua mulher Thyane Dantas, e a produtora Sabrina Tavares estiveram no Ministério Público do Ceará (MP-CE) para fazer um acordo após a investigação aberta contra eles por furarem a fila da vacina contra a covid-19. No entanto, o artista e sua esposa, negaram.

O órgão ofertou o pagamento de um valor em dinheiro a uma organização social para que a investigação criminal fosse fechada.

O cantor se pronunciou sobre o assunto em stories, no Instagram. Ele disse que o acordo não foi aceito porque o órgão queria que ele se considerasse culpado pela vacinação irregular e pagasse uma quantia referente a R$ 1 milhão.

“Infelizmente não chegamos a um acordo por dois motivos: Primeiro: Queriam que eu me declarasse culpado; Segundo: Queriam que eu pagasse uma quantia equivalente a quase um milhão de reais, sendo que para um cidadão comum é infinitamente menor o valor”, escreveu.

Segundo o músico, a negativa em fazer o pagamento não foi porque a quantia seria doada a uma organização social. Ele também nega que tenha furado a fila da vacinação e que “apenas tomou a vacina em outro lugar porque foi orientado” dessa maneira, devido à lotação do local de origem.

“Sempre fui muito transparente com meu público. Se eu achasse que estava fazendo algo errado, ou cometendo um crime, vocês acham mesmo que eu publicaria? Claro que fico muito triste com tudo isso, sei que errei, quem me conhece sabe meu coração e volto a dizer: Jamais faria algo assim se soubesse que era errado”, disse.

“Peço perdão à população da minha cidade, do meu País, hoje realmente vi que fui mal assessorado sobre me vacinar em outro local, me disseram que não tinha nenhum problema nessa mudança e eu acreditei. Realmente fui mal orientado. Sei que errei e quero ser tratado como um cidadão e não da forma como estão querendo me tratar”, concluiu.

A proposta ofertada foi de 360 salários mínimos para Wesley, 360 salários mínimos para Thyane e 25 salários mínimos para Sabrina. Então, os três ofereceram o pagamento da quantia de 50 salários mínimos.

“O Ministério Público do Estado do Ceará, representado pelos promotores de Justiça integrantes do GT-Covid, informa que, na manhã de quinta-feira, 28, foi realizada audiência com Wesley Oliveira, Thyane Dantas e Sabrina Tavares, todos acompanhados por advogado, para fins de Acordo de Não Persecução Penal (ANPP).

O Acordo faz parte de procedimento do MP-CE que apura suposto caso de “fura-fila” da campanha de vacinação contra a Covid-19 pelos três suspeitos em Fortaleza no dia 8 de julho de 2021. O MPCE ofereceu a proposta de pagamento de prestação pecuniária de 360 salários mínimos para Wesley, 360 salários mínimos para Thyane e 25 salários mínimos para Sabrina, de forma que o valor total seja designado para entidade pública ou privada com destinação social.

Cada quantia foi calculada pelo Ministério Público considerando parâmetros legais e a estimativa da capacidade econômico-financeira de cada investigado.

Por fim, em se tratando de acordo, e considerando que o procedimento investigatório criminal não foi encerrado, as negociações ainda podem ser realizadas.

No dia 8 de julho deste ano, Thyane Dantas furou a fila da vacinação. Ela tinha 30 anos e, na época, o calendário municipal de vacinação previa a aplicação em pessoas com 32 anos ou mais. Ela ainda não se pronunciou sobre o caso.

Já Wesley Safadão e a produtora Sabrina Tavares estavam agendados para serem vacinados no mesmo dia no Centro de Eventos do Ceará, mas foram a outro posto de vacinação em um shopping. Sabrina também não deu nenhuma declaração.