Em Boca do Acre, uma ação humanitária beneficiou famílias em situação de vulnerabilidade e emergência devido a subida das águas naquele município. Segundo a Defesa Civil do Estado, a enchente dos rios que banham Boca do Acre já atingiu vários bairros da cidade e comunidades da zona rural, cerca de 1.800 famílias estão vivendo em situação de calamidade.
Sensibilizados com a situação, policiais da 5ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) realizaram uma campanha entre eles mesmos para arrecadar alimentos. E desde o terça-feira (2), os PMs iniciaram a doação dos itens da cesta básica. Ao menos 70 famílias foram beneficiadas com as cestas. E essa já é a terceira mobilização realizada por eles em prol das famílias ribeirinhas, que estão com as suas casas inundadas. Nas últimas duas doações, foram distribuídos mais de 50 kits de alimentos não perecíveis.
O comandante da 5ª CIPM, tenente Bruno Almeida, informou que foi realizado um levantamento das famílias a serem atendidas com as doações e os policiais militares de plantão fizeram a entrega usando lanchas, visitando cada uma das residências selecionadas.
“A maioria dos alimentos foi doada pelos próprios policiais militares, mas também recebemos doações de amigos da polícia, que já conhecem a nossa ação e fizeram questão de ajudar. A cidade toda está debaixo d’água e nós temos que fazer a nossa parte para ajudar os comunitários”, contou.
Calamidade
Desde o dia 20 de fevereiro que município de Boca do Acre (a 1.555 quilômetros de Manaus), sofre com a subida das águas. E segundo a Defesa Civil, há 2.118 famílias afetadas pelo fenômeno natural, destas, 1.800 famílias estão vivendo em calamidade.
Falta água potável, alimentos e materiais para higiene. Uma equipe técnica sob a coordenação da Defesa Civil do Estado, esteve no município em 25 de fevereiro, e avaliou os impactos da enchente na localidade.
O diagnóstico, inclui danos econômicos e sociais, e a partir a elaboração de estratégias emergenciais de socorro às vítimas.
Outras dez cidades no Estado vizinho, Acre, também foram afetadas pelas cheias do rio. São: Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Taraucá, Feijó, Sena Madureira, Santa Rosa do Purus, Jordão, Porto Walter, Mâncio Lima e Rodrigues Alves.
Mas, o mais urgente mesmo, nesse momento, é a solidariedade de todos os envolvidos em ações humanitárias e que desejam fazer o bem ao próximo.
Que mais pessoas possam se unir e contribuir com esses guerreiros e mais famílias sejam beneficiadas.
