Duas pessoas são presas por desviar asfalto da Seminf e outras seguem investigadas

O servidor público Manuel Valério da Silva e o funcionário de uma empresa privada, identificado como Benedito Machado de Morais, foram presos no momento em que estavam desviando 20 toneladas de asfalto da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf). A prisão ocorreu por volta das 12h, desta sexta-feira (23), no Distrito de Obras do bairro Santa Etelvina, Zona Norte de Manaus. As toneladas foram avaliadas em aproximadamente R$ 9 mil.

Conforme o delegado Guilherme Torres, titular da Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Deccor), apenas Benedito foi autuado em flagrante. O servidor que dirigia o veículo, foi indiciado.

“Tivemos dúvidas em relação a participação do motorista do trator, pois ele informou que estava apenas cumprindo ordens. A pessoa já foi identificada, e também será indiciada nesse Inquérito Policial (IP)”, disse o delegado.

“Todos irão responder pelo crime de peculato, que é um crime praticado por funcionários públicos contra a administração” informou Torres.

A Deccor trabalhou em parceria com o tenente William, da Casa Militar do Município, que tinham informações sobre o desvio no Distrito de Obras localizado no Santa Etelvina e foram até ao local fazer uma campana.

“Vimos quando chegaram dois caminhões que despejaram as 20 toneladas de asfalto, e em seguida se aproximou um caminhão vermelho, onde foram colocadas as toneladas, com a ajuda de um funcionário público. Esse asfalto já tinha um comprador”, afirmou o delegado Guilherme Torres.

Conforme a polícia, essas cargas desviadas tinham como destino condomínios fechados, localizados no bairro Tarumã, zona oeste de Manaus.

O tenente William, cita que também estão investigando desvios de outros materiais, como tampas de bueiros, fios de cobre, chapas de ferro de pontes, entre outros.

O delegado Guilherme explicou que o principal alvo não são os funcionários, mas sim, quem deu a ordem, além dos empreiteiros que estão utilizando esse material.

“O funcionário não é nosso alvo. Nossos alvos são os mandantes e os receptadores empreiteiros. Todos serão alvos da nossa investigação” reiterou o delegado.