Não tem outra definição para classificar o que estamos vivendo hoje: O MUNDO ESTÁ EM GUERRA. Não falo daquelas contadas nos livros de história, como a Primeira Guerra Mundial (1914 a1918) e a Segunda (1939 a 1945) – que ocorreram por questões políticas e econômicas. Mas, se olharmos com mais atenção, nem toda semelhança será mera coincidência nessa batalha de hoje contra um inimigo invisível.
Hoje, assim como naquelas ocasiões de um passado trágico – mas, sem tanques de guerra e trincheiras tomadas por metralhadoras e granadas -, o que está em jogo são duas questões fundamentais: a vida e a economia.
Mais perigoso que os frontes de guerra, o novo coronavírus (Covid-19) se alastra de forma rápida e já fez milhares de vítimas pelo mundo. Há quatro meses, estava na China, e hoje já chegou inclusive ao Amazonas, com uma curva de casos confirmados que cresce diariamente. Antes concentrado em Manaus, hoje ele já avança pelo interior, em municípios como Parintins, Boca do Acre, Santo Antônio do Içá, Manacapuru, Itacoatiara e Anori.
Enquanto o mundo combate o avanço do vírus, há outra preocupação nacional que precisa ser vencida. A guerra de ideias tem colocado como adversários, de forma desnecessária, CNPJs e CPFs – a vida das empresas e a das pessoas.
Como no pós-guerra, muitas vidas foram perdidas e a economia foi bastante afetada. Contudo, vários países usaram as suas reservas econômicas para ajudar a recuperar os setores produtores de riquezas (indústria, comércio e serviços) e até se tornaram potencias mundiais.
Diante dessa lição, países como os EUA e a Alemanha já começaram a agir pela vida e pela economia. O Brasil também já começou a agir nesse sentido, mas precisa ser mais ousado sobre os protocolos da Organização Mundial da Saúde e nos investimentos das suas reservas para preservar a vida e amenizar o colapso econômico.
David Almeida
Deputado estadual da 15ª a 17ª legislatura, governador do Amazonas em 2017 e presidente estadual do partido Avante no Amazonas
